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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Tecnologia de sangue

TECNOLOGIA|Os metais de nossos telefones, computadores e outros eletrônicos são extraídos da República Democrática do Congo, onde sustentamos os conflitos mais violentos do mundo

Se você comprou eletrônicos de 1996 pra cá, pode ter financiado uma guerra civil. O leste da República Democrática do Congo é tomado por grupos armados rebeldes. Essas milícias se sustentam com dinheiro do contrabando de minerais comprados por grandes empresas de eletrônicos.
Só em 2009, os grupos armados do Congo receberam US$ 185 milhões com a extração ilegal, de acordo com a organização americana Enough Project. Quando você ama o lançamento de um novo eletrônico no mercado, não sabe que está amando junto o conflito mais violento do planeta perdendo apenas para a Segunda Guerra Mundial. Afeganistão e Iraque são pequenas guerras em comparação a esta. Nos últimos 15 anos, os confrontos na RDC (Republica Democrática do Congo) mataram 5,5 milhões de pessoas e mais de 200 mil mulheres foram estupradas, de acordo com a ONG International Rescue Committee. A guerra “terminou” em 2003, mas as batalhas, alimentadas pela reservas minerais da nação.
Minerais como o tântalo, o tungstênio, o estanho e, em pequenas quantidades o ouro estão envolvidos neste conflito.
O poder no mercado

Esses minerais são essenciais para a tecnologia no mundo, o tântalo serve para armazenar energia em smartphones e computadores. O tungstênio é usado para fazer vibrar os celulares, o estanho entra na solda de circuito e o ouro melhora a conectividade na fiação desses equipamentos.
A Enough Project, desde 2008, tenta convencer as grandes empresas de eletrônicos a desistir de comprar matéria prima das milícias. Tarefa ingrata já que os minérios custam de 30% a 50% menos que a média do mercado.
O governo congolês proibiu a comercialização dos materiais vindos de zonas de confronto, mas seus militares continuam sendo subornados para fazer o contrabando.

Grandes passos para o fim

Em junho de 2010, o governo dos EUA aprovou uma lei que fabricantes identifiquem os minérios que usam em seus produtos. Outro fato para o fim do contrabando foi à criação de programa de análise de fundições pela EICC, (Coalização de Cidadania da Indústria de Eletrônicos, sigla em inglês).
Os passos ainda são pequenos pra erradicar a violência armada no Congo, veja abaixo o ranking das empresas de eletrônicos que combatem ou não, segundo a Enough Project:

Combatem 
1.     HP
2.     Intel
3.     Motorola
4.     Nokia
5.     Microsoft
6.     Dell
7.     RIM (Blackberry)
8.     Apple
9.     Acer
10. Philips
11. Samsung
12. LG
13. Sony Ericsson
14. IBM
15. Lenovo
16. SanDisk
17. Toshiba
18. Panasonic
19. Canon
20. Sharp
21. Nintendo
Não combatem